Trabalhadores que ganham até R$ 1.733,71 terão direito a atrasados pelo desconto
A mudança de alíquotas do INSS em consequência da revisão do aumento de 6,14% para 7,72% nas aposentadorias e pensões acima do salário mínimo pagas pelo Instituto vai favorecer o bolso do trabalhador que ganha até R$ 1.733,41 e sacrificar o que recebe acima de R$ 3.416,54. O primeiro grupo descontou acima do que deveria, por cair da faixa de 11% para 9% ou de 9% para 8%. Esses contribuintes terão valores a receber em atrasados de janeiro a junho que variam entre R$ 57,96 a R$ 208,04. O segundo grupo, que desconta 11% ou 20% (autônomos), terá de pagar a diferença para chegar ao novo teto. Os que estão “devendo” retroativos desde janeiro para o INSS completarão com valores de R$ 2,28 a R$ 56,88 pelos seis meses para acompanhar o novo teto previdenciário, que saltou dos atuais R$ 3.416,54 para R$ 3.647,40. A Receita Federal, o INSS e a Dataprev vão divulgar as medidas para o cumprimento da Portaria nº 333, publicada na quarta-feira. Segundo Luiz Antônio Benedito, diretor de Estudos do Sindifisco Nacional, a Receita terá que fazer essa compensação, recolhida diretamente pelo empregador e repassada aos cofres do INSS. “Não acredito que haverá a burocracia exigida para outros tipos de ressarcimento. Como o recolhimento é feito diretamente pelo empregador, essas normas serão editadas para que as empresas façam o ajuste”, explica Benedito.
Para as empresas, não há mudança. O desconto do empregador é de 20% sobre o valor total da folha de pagamento. A publicação das regras vai definir como o valor a pagar ou a ressarcir será descontado ou devolvido — de uma só vez ou em parcelas. Para acompanhar esse desconto ou devolução, dependendo do caso, é preciso que o funcionário observe atentamente a evolução do repasse no contracheque. Até pagar a mais tem seu lado positivo. O desconto a mais ou o ajuste para devolução não representam tecnicamente vantagem ou desvantagem para o contribuinte do INSS. Quem passar a descontar menos terá um valor a mais no bolso por mês. Um benefício temporário. Para os que pagam mais agora, o aumento do teto é uma garantia de benefício maior no futuro. E não precisa ser só na aposentadoria. O desconto maior vale para os benefícios por incapacidade, se o trabalhador precisar se afastar por doença ou acidente.
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