domingo, 7 de novembro de 2010

Plínio bancou mais da metade dos gastos de sua campanha presidencial


Plinio de Arruda Sampaio quer financiamento público de campanha paa combater corrupção
Socialista defende financiamento público e não aceitou doações de empresas e bancos

O socialista Plínio de Arruda Sampaio, que disputou a Presidência pelo PSOL, defendeu várias vezes durante a disputa eleitoral o financiamento público de campanhas. Para ele, doações de grupos privados a candidatos e partidos políticos é uma das principais origens da corrupção que assola o sistema político e as instituições do país.

Não à toa, sua campanha esteve entre as mais modestas da eleição presidencial. Segundo dados da prestação de contas disponíveis no site do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Plínio arrecadou R$ 99.245 mil reais. As despesas tiveram rigorosamente o mesmo valor.

Deste total, mais de 50% dos recursos saíram do próprio bolso de Plínio. Promotor público aposentado, ele injetou em sua própria campanha R$ 30,2 mil. Outros R$ 22 mil que foram declarados se referem ao uso de um automóvel próprio em parte de seus compromissos.

O próprio estatuto do PSOL veta doações feitas por empresas multinacionais, empreiteiras, bancos ou instituições financeiras nacionais ou estrangeiras. Praticamente todos os aportes feitos à campanha de Plínio partiram de pessoas físicas.

A campanha também recebeu doações online, e em setembro organizou um jantar em São Paulo para levantar fundos. O convite para o evento custou R$ 200.

Na previsão que entregou ao TSE ainda antes da campanha, Plínio indicou que gastaria no máximo R$ 900 mil. Chegou a pouco mais de 11% disso. Como foi a opção de 886.816 eleitores no dia 3 de outubro, cada voto dado a ele custou apenas R$ 0,11.

A petista Dilma Rousseff, eleita presidente no domingo (31), estimou gastos em até R$ 176 milhões. O tucano José Serra, derrotado por ela, fixou um teto de R$ 180 milhões. Os dois ainda não prestaram contas à Justiça Eleitoral porque disputaram o segundo turno.

Financiamento público

Durante a campanha, um dos programas eleitorais de televisão de Plínio de maior sucesso tratava justamente do financiamento público. Na peça, dois atores que representavam Dilma e Serra apareciam em um ringue e simulavam uma luta de boxe.

Ao se referir ao falso tucano, um narrador dizia que, em 2006, o PSDB recebeu doações de R$ 10,5 milhões dos banqueiros para sua campanha presidencial. O mesmo era dito sobre a sósia de Dilma e o PT.

Em seguida, os dois rivais eram nocauteados por um rapaz que vestia uma camiseta com o nome do PSOL. “Tem pessoas que o banqueiro ajuda. Para todas as outras, existe o PSOL”, dizia em seguida o narrador.

O próprio Plínio aparecia na parte final da propaganda para argumentar em favor de uma mudança na legislação eleitoral que possa instaurar o sistema de financiamento público.

- Se as candidaturas forem financiadas pelas empresas, elas vão cobrar depois. Vão exigir de volta o que deram, e com juros. Precisamos ter uma legislação que garanta o financiamento público de campanhas, porque isso é o que proíbe, o que impede a corrupção.

Revista americana diz que Dilma Rousseff é a 16ª pessoa mais poderosa do mundo
A presidente eleita do Brasil, Dilma Rousseff, acena para eleitores na saída de sua casa, em Brasília
Presidente eleita do Brasil aparece à frente de personalidades como Hillary Clinton

A presidente eleita do Brasil, Dilma Rousseff, foi considerada a 16ª pessoa mais poderosa do mundo pela revista americana Forbes, famosa, entre outras coisas, pelas listas de bilionários e influentes que elabora regularmente.

Dilma aparece à frente de personalidades mundiais, como o presidente da empresa Apple, Steve Jobs (17º), o presidente da França, Nicolas Sarkozy (19º), e a secretária de Estado americana, Hillary Clinton (20ª).

Em primeiro lugar na lista da Forbes aparece o presidente da China, Hu Jintao. Fecham o pódio o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e o rei da Arábia Saudita, Abdullah bin Abdul Aziz al Saud.

A revista ressalta a trajetória política de Dilma e lembra o fato de que ela será a primeira mulher a ocupar o posto mais alto do país mais influente da América do Sul, dono da maior economia da América Latina.

Outro brasileiro que aparece na lista é o empresário Eike Batista (58º), presidente da empresa EBX, homem mais rico do Brasil (patrimônio de quase R$ 50 bilhões) e - não custa lembrar - ex-marido da modelo Luma de Oliveira.

Curiosamente, Batista - "amante dos superlativos, tanto na vida pessoal quanto na profissional", de acordo com a Forbes - aparece apenas uma posição atrás do líder da rede terrorista Al Qaeda, o saudita Osama bin Laden.

Veja a lista das 20 pessoas mais poderosas do mundo de acordo com a Forbes.

1 - Hu Jintao, presidente da China;

2 - Barack Obama, presidente dos Estados Unidos;

3 - Abdullah bin Abdul Aziz al Saud, rei da Arábia Saudita;

4 - Vladimir Putin, primeiro-ministro da Rússia;

5 - Papa Bento 16, líder da Igreja Católica;

6 - Angela Merkel, chanceler da Alemanha;

7 - David Cameron, primeiro-ministro do Reino Unido;

8 - Ben Bernanke, presidente do Banco Central dos EUA;

9 - Sonia Gandhi, presidente do Congresso da Índia;

10 - Bill Gates, fundador da Microsoft;

11 - Zhou Xiaochuan, presidente do Banco Popular da China;

12 - Dimitri Medvedev, presidente da Rússia;

13 - Rupert Murdoch, presidente da News Corp;

14 - Silvio Berlusconi, primeiro-ministro da Itália;

15 - Jean-Claude Trichet, presidente do Banco Central Europeu;

16 - Dilma Rousseff, presidente eleita do Brasil;

17 - Steve Jobs, presidente da Apple;

18 - Manmohan Singh, primeiro-ministro da Índia;

19 - Nicolas Sarkozy, presidente da França;

20 - Hillary Clinton, secretária de Estado dos EUA.
MEC quer processar repórter que burlou segurança do Enem
Jornalista usou celular para passar tema da redação para sua publicação
Alunos fizeram prova neste dfomingo em todo o Brasil
O MEC (Ministério da Educação) estuda processar o repórter que burlou a segurança do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) e enviou mensagens de celular de dentro do local de prova enquanto o exame era realizado.

Funcionário do Jornal do Commercio de Pernambuco, o repórter enviou torpedos informando ao jornal que o tema da redação era "trabalho", numa tentativa de mostrar a falha na segurança do Enem. Segundo reportagem no site do periódico, o jornalista teria entrado na sala de aula com um celular ligado no bolso, se encaminhado ao banheiro e enviado a mensagem.
A assessoria de imprensa do ministério nega que tenha havido falha na segurança e não confirma o tema da redação. Segundo o assessor ouvido pelo R7, "falha seria se ele [o repórter] tivesse recebido o gabarito da prova, e não enviado uma mensagem com o tema da redação".
O repórter afirma, no texto publicado pelo Jornal do Commercio, às 13h26, que não foi advertido por usar lápis durante o Enem, mas que o fiscal o orientou a guardar o relógio de pulso, que também é proibido durante a prova.
A prova teve início às 13h, e o tema só poderia se tornar público às 15h, quando os primeiros alunos poderiam ser liberados dos locais de prova.