VR ganha da UFF projeto do Museu de Ciências da Fevre
Esse projeto vai atender a toda a região, não só Volta
Redonda, e esta é a função da universidade: levar o conhecimento para fora dos
muros da instituição”, observou Silva.
Representantes da UFF (Universidade Federal Fluminense), do
IFRJ (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Estado do Rio de
Janeiro), e da Fevre (Fundação Educacional de Volta Redonda) estiveram nesta
sexta-feira, dia 28, no gabinete do prefeito Antônio Francisco Neto e
deram um verdadeiro presente para a cidade: o projeto do Museu de Ciências da
Fevre, que vai ser construído no Colégio Getúlio Vargas, ao lado do novo teatro
que a instituição vai ganhar em breve.
O projeto do Museu de Ciências – que inclui a instalação de um planetário – foi
resultado de um concurso promovido pela Escola de Arquitetura da UFF em Niterói
(RJ), onde os alunos do segundo ao quinto ano realizaram os projetos com a
orientação de professores da escola. Dez projetos foram apresentados, e três deles
foram escolhidos por uma comissão formada por engenheiros e arquitetos –
incluindo o arquiteto do IPPU-VR (Instituto de Pesquisas e Planejamento Urbano
de Volta Redonda) Augusto Esteves – recebendo uma premiação de R$ 3 mil para o
primeiro colocado, R$ 2 mil para o segundo projeto, e R$ 1 mil para o terceiro
colocado. Os projetos vencedores foram doados pela UFF à Prefeitura Municipal
de Volta Redonda.
O prefeito Neto se
mostrou impressionado com os projetos vencedores, e ressaltou o envolvimento
das instituições participantes, já que o projeto partiu da idéia de um
professor de Física da Fevre, Wagner Franklin Balthazar, sendo encaminhada pelo
presidente da fundação, José Luiz de Sá, ao diretor da UFF em Volta Redonda,
Wainer da Silveira e Silva. O diretor levou então a idéia à Escola de
Arquitetura de Niterói, onde a idéia foi abraçada pela diretora do Departamento
de Arquitetura, Luciana Nemer – que é natural de Volta Redonda - e pela
diretora do Departamento de Urbanismo, Teresa Carvalho. O envolvimento da UFF
como um todo foi tão grande que o dinheiro da premiação foi repassado pela
Escola de Engenharia da UFF em Niterói.
“Para nós é uma honra
muito grande receber este projeto, e um momento histórico. Confesso que estou
impressionado com a qualidade dos trabalhos e a maneira como tudo foi feito,
pelo tamanho da parceria”, disse Neto, que completou: “Podem ter certeza que em
breve vocês (representantes da UFF) vocês terão notícias que a Prefeitura está
executando o projeto. Vamos fazer isso o mais rápido possível”.
Neto salientou ainda que todos os projetos escolhidos “são
muito bonitos”, mas que a decisão da comissão julgadora será respeitada, e o
projeto escolhido para execução será o do aluno Tom Ferreira Caminha, com os
colaboradores André Luiz de Thuler Brito e Diogo Enoque Lima, sob a orientação
do professor Eduardo Mendes de Vasconcelos. O custo estimado inicial é de R$
4,3 milhões, mas como só foi apresentado o anteprojeto – o projeto executivo
será feito pelo IPPU, que vai detalhar junto com o autor o anteprojeto – este
valor poderá sofrer mudanças. Como uma forma de fazer uma ponte com a história
da cidade, todos os projetos tinham como uma das diretrizes a utilização de
aço. Para isso, os alunos da Escola de Arquitetura passaram por um curso no
Instituto Aço Brasil.
O presidente da Fevre, José Luiz de Sá, ressaltou a série de
investimentos que o Colégio Getúlio Vargas está recebendo – como a reforma
completa entregue no ano passado e a construção do novo teatro – e disse que o
Museu Ciência vai valorizar ainda mais o colégio.
“Com a construção do Museu da Ciência e o novo teatro, o espaço do Colégio
Getúlio Vargas vai se tornar referência na parte educacional, científica e
cultural. A participação e o envolvimento da UFF neste projeto foram fundamentais,
e só temos a agradecer a eles”, apontou Sá, lembrando que o espaço onde o museu
será construído era considerado pouco aproveitável. “Nós não imaginávamos que
algo poderia ser construído ali, foi uma grande surpresa”.
O diretor da UFF em Volta Redonda, Wainer da Silveira e Silva, disse que a
doação do projeto é uma contribuição da universidade para Volta Redonda.
“A UFF poderia contribuir muito com a
cidade com o que ela tem: conhecimento. Mas além disso os alunos se envolveram
com o projeto, toda a Escola de Arquitetura se movimentou.