Voluntários de outros estados levam solidariedade à Região
Serrana
Ouvidoria da Secretaria de Assistência Social orientou os
voluntários
O desejo de ajudar a quem perdeu tudo nas chuvas da Região
Serrana é maior do que qualquer distância. Motivados por este sentimento, um
grupo de 38 voluntários de outros estados e também de cidades fluminenses
seguiu nesta quinta-feira (27) para a região. Eles vieram do Espírito Santo,
São Paulo, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais.
Os voluntários foram cadastrados pela Ouvidoria da
Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos, que os orientou
e encaminhou para que se integrem à corrente de solidariedade nos municípios
atingidos pelas chuvas. O grupo é formado por profissionais de diversas áreas,
como psicólogos, enfermeiros, professores, além de estudantes. A Ouvidoria da
SEASDH já cadastrou e orientou mais de 500 pessoas que se ofereceram para
trabalho voluntário.
Voluntária desde os 7 anos, a psicóloga Cláudia Pinho, hoje
com 39, veio do Mato Grosso do Sul para se solidarizar com as vítimas da Região
Serrana.
- Eu estava de viagem marcada para a praia e o voo foi
adiado. Foi quando soube da tragédia da chuva aqui no Rio de Janeiro.
Desmarquei tudo para vir pra cá. Já fui voluntária no Haiti e faço parte do
projeto Psicólogos Sem Fronteiras e de uma Ong em meu estado que realiza
trabalho voluntário em hospitais. O voluntariado é algo que faz parte de mim,
comecei aos 7 anos e nunca parei. A vontade de ajudar, de dar o meu melhor é o
que me motiva - contou Cláudia, que seguiu para Nova Friburgo.
A mesma motivação fez o funcionário público do Tribunal de
Justiça de São Paulo, André Sales, de 30 anos, interromper suas férias para
ajudar a quem precisa.
- Viajei bastante nas férias e resolvi reservar o restante
dos dias de folga para fazer algo útil, ajudar a quem perdeu tudo nas chuvas.
Acredito que o mundo seria melhor se todos se ajudassem mais no dia a dia. Não
precisamos que algo aconteça para ajudar alguém, temos a oportunidade de fazer
isso todos os dias - ensina André, que já foi voluntário na enchente de São
Luiz do Paraitinga, interior de São Paulo, e deu aulas de inglês e informática
para crianças carentes.
Os voluntários foram recebidos pela Ouvidoria da SEASDH no
início da manhã desta quinta-feira na sede da secretaria. Após tomarem café
juntos, eles foram divididos em dois grupos: 14 foram para Nova Friburgo e 12
para Areal. Outros 12 voluntários formam um grupo de contadores de histórias
que seguiu para Teresópolis para levar um pouco de alegria às crianças que
estão nos abrigos.