Enfeitada e rodeada pelas artesãs, artistas plásticos, músicos e atores, a Casa de Cultura de Angra completou 25 anos
Emocionados, o ex-prefeito João Luiz e Antuan Henne foram homenageadosna festa que começou de manhã e só terminou no final da noite
A Casa de Cultura Poeta Brasil dos Reis amanheceu ontem, dia 25, cheia de bolas coloridas e com um movimento bem alegre no seu interior e calçadas. Era dia de seu aniversário: 25 anos sendo a principal incentivadora de todas as manifestações artísticas da cidade. Dava gosto de ver a casa toda rodeada de artistas, retribuindo o carinho com que ela sempre os tratou.
Parte da Rua do Comércio foi fechada e a prefeitura e a Fundação Cultural de Angra (Cultuar) fizeram a festa, que contou com palhaços, músicos, pirofagia (cuspidor de fogo), teatro, exposições de artesanato e artes plásticas, corte de bolo e uma emocionante homenagem a Antuan Ábado Henne, primeiro diretor da casa, indicado pelo movimento cultural; e ao ex-prefeito João Luiz Gibrail Rocha, responsável pela desapropriação do prédio, em 1985, e pela fundação do espaço cultural, na época a primeira Casa de Cultura do Estado do Rio.
A entrega de certificados a João Luiz e a Antuan, pelos relevantes serviços prestados à cultura do município, foram feitas pelo presidente da Cultuar, Roberto Peixoto e a diretora-executiva da fundação, Stella Salomão, antes do corte do bolo e o parabéns pra você. Os homenageados agradeceram a lembrança frisando que é muito bom serem homenageados como apoiadores da cultura e pelo fato de terem participado da fundação da casa, que foi e continua sendo um dos patrimônios mais importantes da cidade. A história da Casa de Cultura foi contada pelo dirtetor cultural da Cultuar, Fabrício Lopes, lembrando que ela foi fruto da luta de uma comunidade.\ Em seguida descerraram, junto com o presidente da Cultuar, a placa comemorativa aos 25 anos.
Um palco foi montado na Rua do Comércio para as apresentações, que começaram às 9h e só terminaram depois das 22h, com o excelente show do cantor e violeiro de Paraty, Luiz Perequê, dizendo que era uma honra participar da festa, porque a Casa de Cultura também o abraçou várias vezes no início de sua carreira.
A Cultuar ofereceu gratuitamente para a população, durante a manhã e tarde, oficina de arte reciclável com a artista A.Cássia e de literatura com com a livraria Spa Sophia. Dentro da Casa , os quadros de Carlos Franca, com o tema “Marinhas”, chamava a atenção de todos. O artista Bruno Marques apresentou seu varal de poesias e os atores Alexandre Morais, Denildo Miranda, Adren Alves, Fabrício Osório, Maicon Renan, Silvana Libório e Marlene Ponciano se revezaram pelos espaços em frente à casa, fazendo performances urbanas (peças relâmpago).
O cantor Beto André foi o primeiro a inaugurar o palco montado na rua. Os grupos Cia Parceiros de Teatro e o Quintal do Circo atraíram um bom público com os espetáculo “Tá calor? Tome uma” e “O espetáculo não pode parar”.
No início da noite, Zequinha Miguel dirigiu parte da peça “Serra, serra, serrador” (folclore de Angra), do Grupo Teatral Revolucena, espetáculo que originou o tombamento de 18 prédios na década de 80, inclusive o da Casa de Cultura. O Revolucena foi quem encabeçou o movimento pela Fundação da Casa de Cultura, junto com diversos artistas da cidade. Alunos das oficinas de teatro da Cultuar dançaram dois números e serraram a casa, representada pela atriz Marina Gonper, emocionando a plateia que conhece o espetáculo e os que o viram pela primeira vez, pela beleza e pelo o que ele representa para a história recente de Angra.
O presidente da Cultuar agradeceu ao movimento cultural pela excelente parceria que estão mantendo com a fundação, lembrando que o prédio vai entrar em obras brevemente. Lembrou também que o prefeito Tuca Jordão não está medindo esforços para realizar os projetos Noites Angrenses, Manhã de Domingo na Casa e todos os demais, que envolvem artistas da cidade cadastrados no edital da fundação.
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