O Presidente Responde
Coluna semanal do Presidente Lula
Leni Ferreira Boschini, 44 anos, auxiliar administrativo de Goioerê (PR) – Por que não há fiscalização nas bolsas do Prouni, pois conheço vários ricos com bolsa integral?
Presidente Lula – Existe fiscalização anual. Afinal, quem tem condições financeiras não pode ocupar o lugar daqueles que efetivamente precisam de apoio. O Ministério da Educação (MEC) fiscaliza tanto as instituições de ensino quanto os bolsistas. Um acordo de cooperação técnica do MEC com a Receita Federal, permite saber se as instituições estão oferecendo o número de bolsas em conformidade com a isenção fiscal que obtêm. Em relação aos bolsistas, o MEC cruza os dados dos estudantes com outros bancos de dados oficiais para verificar se o seu perfil socioeconômico combina com o estabelecido pelo Prouni. Só no ano passado, em função de irregularidades, 15 estabelecimentos foram desvinculados do programa e 1.700 bolsas foram canceladas. Quem souber de irregularidades que tenham escapado à fiscalização, deve entrar em contato com o MEC, que tomará as providências necessárias. As denúncias podem ser feitas através da Central de Atendimento do MEC, pelo telefone 0800-616161. Desde 2005, quando o ProUni foi criado, 704 mil estudantes já ingressaram no ensino superior. Nossas ações têm a finalidade de garantir que um número ainda maior de estudantes que têm necessidade recebam o benefício.
Etelvino Rodriguez Reinaldo, 39 anos, empresário de Manaus (AM) – Depois que sair do cargo de presidente, qual cargo público o sr. pretende seguir? Ou o que pretende fazer depois, outra profissão, uma universidade, sair da política?
Presidente Lula – Depois de passar oito anos ligado na tomada permanentemente, inclusive nos fins de semanas e feriados, a primeira coisa que eu quero fazer é não fazer nada, ou seja, descansar um pouco. Depois, pretendo participar, juntamente com a sociedade, do encaminhamento das grandes questões nacionais, como é o caso da reforma política. Essa questão não é de competência do presidente da República e sim dos parlamentares. Fora da Presidência, vou me dedicar de corpo e alma através do PT, e em acerto com outros partidos, ao esforço de promover uma reforma que represente uma modernização das nossas práticas políticas. Pretendo também levar o conhecimento adquirido na implementação de programas sociais bem-sucedidos a vários países africanos e latino-americanos, que ainda lutam contra a extrema pobreza e a fome. A experiência de instituições de excelência como a Embrapa, que seleciona e desenvolve variedades que se adaptam aos mais diferentes tipos de solo e de clima, pode ser de extrema valia para reduzir ou eliminar a fome e o sofrimento de milhões de seres humanos. Trata-se de dividir o que aprendemos de bom, de nos solidarizar com nossos irmãos de outros países.
José Domingos M. Pereira, 42 anos, rodoviário de São Paulo (SP) – Gostaria de saber se é possível gerar algum tipo de emprego para todos os presos, para que possam contribuir com a sociedade?
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