sábado, 6 de novembro de 2010

ECONOMIA

DEM lamenta movimentação de governadores pela recriação da CPMF

A nova presidente da República, Dilma Rousseff, nem bem tomou posse no cargo e as articulações políticas estão cada vez mais intensas, principalmente para a recriação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF).

Durante a Campanha Dilma Rousseff se disse contrária a sua criação, mas o que se vê´agora, antes da sua entrada no comando do Governo, é uma forte articulação de seus aliados para que a CPMF seja restabelecida em detrimento do povo.

O DEM, através de suas lideranças políticas, já deu sinais de que vai lutar com todas as forças para impedir essa possibilidade.

Em 2007 o partido teve um papel fundamental, quando o chamado imposto do cheque foi extinto no Senado.

A liderança do DEM no Senado divulgou uma nota ontem para lamentar a movimentação de alguns governadores eleitos, que sob “a inspiração do presidente Lula”, defendem a criação de um novo tributo aos moldes da CPMF para financiar a saúde.

O movimento é liderado pelos governadores eleitos do PSB.

“Todos sabemos da necessidade urgente de uma reforma no sistema tributário nacional, que desonere a produção e a prestação de bens e serviços e que fortaleça o pacto federativo. O Brasil não precisa de mais impostos”, disse o partido.

O DEM considera inaceitável o fato desse tema não ter sido discutido durante a campanha eleitoral.

O partido ainda rejeitou a ideia de que faltam recursos para custear as despesas do setor.

“Dinheiro não falta. Falta gestão, sobriedade administrativa e respeito ao cidadão e ao voto que ele pôs nas urnas”, afirmou.

Quinta-feira, o líder do DEM na Câmara, Paulo Bornhausen (SC), já tinha divulgado uma outra nota para conclamar a oposição a lutar contra a criação do imposto.

Para o deputado, a solução do “caos na saúde” passa pela regulamentação da Emenda 29, que obriga a União, os Estados e os municípios a investirem mais no setor.

Ainda ontem, entidades como Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Confederação Nacional da Indústria (CNI) e Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio) também manifestaram sua contrariedade com a hipótese de ser recriado o imposto do cheque.

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