Consumo de combustíveis deverá crescer 9,5%
Agricultura e mineração impulsionaram alta ao longo deste
ano
O consumo de combustíveis no Brasil deve fechar 2010 em
108,14 bilhões de litros, com aumento de 9,5% em relação ao ano passado, e um
recorde no país. Os dados consideram uma projeção do Sindicato Nacional das
Empresas Distribuidoras de Combustíveis (Sindicom) para os dois últimos meses
do ano, com base em levantamento da Agência Nacional do Petróleo (ANP) fechado
até outubro.
De acordo com o Sindicom, "o bom momento da economia
brasileira" foi o que motivou este crescimento expressivo. Setores como a
agricultura e a mineração, que utilizam o transporte brasileiro em massa, foram
fundamentais para esse recorde, bem como a inclusão de novos consumidores na
economia brasileira, quer seja com a aquisição de veículos, quer com o maior
uso do transporte aéreo.
A perspectiva é de que, para 2011, haja uma elevação nas
vendas, acompanhando o movimento do Produto Interno Bruto (PIB). "Talvez
não nos mesmos percentuais deste ano, mas esperamos aumento no consumo,
especialmente do diesel, gasolina e querosene de aviação", afirmou o
vice-presidente executivo do Sindicato, Alisio Vaz.
Ainda de acordo com os dados do Sindicom, as vendas de
diesel devem fechar o ano com aumento de 12,7% em relação a 2009, num volume
total de 49,961 milhões de litros. Já a gasolina deve registrar no ano alta de
18,4%, num total de 30,08 bilhões de litros.
"O preço elevado do álcool fez com que o consumidor
migrasse deste combustível para a gasolina", disse Vaz. Segundo o
Sindicom, as vendas de etanol devem fechar 2010 com queda de 7% em relação ao
ano passado, num total de 14,842 bilhões de litros.
As associadas do Sindicom possuem atualmente uma fatia de
83% das vendas de diesel, 74% de gasolina e 59% de etanol. "Não é o fato
de sermos menos eficientes na venda de álcool que nos faz ter uma participação
menor neste mercado, mas o elevado índice de irregularidade constatado com
sonegação de impostos", afirmou Vaz, destacando a importância da criação
do Comitê de Fiscalização e Combate à Sonegação no mercado de combustíveis, que
vai contar com membros da ANP, Receita Federal e secretarias estaduais da
Fazenda.
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