Vigilância em Saúde monitora
vítimas das chuvas
Para saber quais as
necessidades em termos de medicamentos e outros insumos médicos das pessoas que
ainda estão isoladas, a Subsecretaria de Vigilância em Saúde da Secretaria de
Saúde e Defesa Civil está usando as informações trocadas entre radioamadores.
Essas informações se juntam
àquelas oficiais, passadas pela Defesa Civil estadual e demais órgãos que
integram a força de trabalho que vem atuando no socorro às vítimas das chuvas
na Região Serrana, para que o Gabinete de Crise montado pela subsecretaria
possa preparar os relatórios diários de monitoramento da situação
epidemiológica e sanitária na Região Serrana.
- Estamos preparando dois
relatórios diários, o primeiro às 10h e outro às 17h, e todas as informações
servem para mapearmos as prioridades de cada localidade, em termos de
necessidade de medicamentos e imunobiológicos, que são as vacinas e soros –
explica o superintendente de Vigilância Ambiental e Epidemiológica da
Secretaria de Saúde, Alexandre Chieppe.
Ele lembra que estão sendo
enviadas para a região afetada pelas chuvas vacinas contra tétano e difteria, e
soros anti-tetânico, antiofídico e para picada de outros animais peçonhentos.
Além disso, o Gabinete de
Crise também vem monitorando a qualidade da água que está sendo distribuída
para consumo.
– Estamos monitorando tanto a
água que abastece a rede de distribuição onde o serviço já foi regularizado,
quanto a água fornecida nos abrigos onde estão os desabrigados e desalojados –
comenta Chieppe.
O superintendente explica que
outra frente de ação em termos de vigilância ambiental, epidemiológica e
sanitária é quanto à vigilância do estado de saúde das pessoas que estão nos
abrigos. Chieppe conta que diariamente os coordenadores dos abrigos respondem a
questionários, em que relatam se perceberem alguém instalado no local com
febre, dor no corpo ou cor amarelada. A medida tem como objetivo diagnosticar
rapidamente possíveis casos de leptospirose.
- Caso seja percebido alguém
com sintomas da doença, o paciente é levado para o Hospital de Campanha do
Corpo de Bombeiros, onde poderá fazer exames complementares para confirmar a
infecção e já iniciar o tratamento – diz. O superintendente ressalta que até o
momento não há registro de nenhum caso de leptospirose na Região Serrana.
Atualmente, estão trabalhando
nas áreas atingidas por deslizamentos e enchentes cerca de 60 técnicos da
Subsecretaria de Vigilância em Saúde. O órgão também enviou para a região três
veículos para reforçar a frota dos serviços de vigilância ambiental municipais.
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