sexta-feira, 28 de janeiro de 2011


Voluntários de outros estados levam solidariedade à Região Serrana

Ouvidoria da Secretaria de Assistência Social orientou os voluntários


O desejo de ajudar a quem perdeu tudo nas chuvas da Região Serrana é maior do que qualquer distância. Motivados por este sentimento, um grupo de 38 voluntários de outros estados e também de cidades fluminenses seguiu nesta quinta-feira (27) para a região. Eles vieram do Espírito Santo, São Paulo, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais.
Os voluntários foram cadastrados pela Ouvidoria da Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos, que os orientou e encaminhou para que se integrem à corrente de solidariedade nos municípios atingidos pelas chuvas. O grupo é formado por profissionais de diversas áreas, como psicólogos, enfermeiros, professores, além de estudantes. A Ouvidoria da SEASDH já cadastrou e orientou mais de 500 pessoas que se ofereceram para trabalho voluntário.
Voluntária desde os 7 anos, a psicóloga Cláudia Pinho, hoje com 39, veio do Mato Grosso do Sul para se solidarizar com as vítimas da Região Serrana.
- Eu estava de viagem marcada para a praia e o voo foi adiado. Foi quando soube da tragédia da chuva aqui no Rio de Janeiro. Desmarquei tudo para vir pra cá. Já fui voluntária no Haiti e faço parte do projeto Psicólogos Sem Fronteiras e de uma Ong em meu estado que realiza trabalho voluntário em hospitais. O voluntariado é algo que faz parte de mim, comecei aos 7 anos e nunca parei. A vontade de ajudar, de dar o meu melhor é o que me motiva - contou Cláudia, que seguiu para Nova Friburgo.
A mesma motivação fez o funcionário público do Tribunal de Justiça de São Paulo, André Sales, de 30 anos, interromper suas férias para ajudar a quem precisa.
- Viajei bastante nas férias e resolvi reservar o restante dos dias de folga para fazer algo útil, ajudar a quem perdeu tudo nas chuvas. Acredito que o mundo seria melhor se todos se ajudassem mais no dia a dia. Não precisamos que algo aconteça para ajudar alguém, temos a oportunidade de fazer isso todos os dias - ensina André, que já foi voluntário na enchente de São Luiz do Paraitinga, interior de São Paulo, e deu aulas de inglês e informática para crianças carentes.
Os voluntários foram recebidos pela Ouvidoria da SEASDH no início da manhã desta quinta-feira na sede da secretaria. Após tomarem café juntos, eles foram divididos em dois grupos: 14 foram para Nova Friburgo e 12 para Areal. Outros 12 voluntários formam um grupo de contadores de histórias que seguiu para Teresópolis para levar um pouco de alegria às crianças que estão nos abrigos. 

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