terça-feira, 22 de março de 2011


Kassab nega fusão do seu novo partido com PSB e fala em aproximação com Dilma

Após anunciar a criação do Partido Social Democrático (PSD) em São Paulo nesta segunda-feira (21), o prefeito da capital paulista, Gilberto Kassab, negou que a nova legenda se fundirá a outras siglas para a disputa das eleições municipais de 2012.


Em evento organizado às 12h30 na Assembleia Legislativa, Kassab anunciou oficialmente em São Paulo que deixou o DEM para montar uma nova frente política. No ato, começou a circular a lista de assinatura para novos integrantes do PSD.
Ao lado de pelo menos 15 outros colegas de migração, o prefeito determinou a instalação de um grupo de trabalho que irá decidir, nas próximas semanas, quais serão o programa, o estatuto e o cronograma de funcionamento da sigla.
No ano que vem, além de brigar em várias cidades pelo país, o PSD pretende entrar na disputa pela prefeitura de São Paulo, concorrendo inclusive com o então aliado PSDB.
“Não faremos fusão. Fomos convidados por duas legendas, por dirigentes respeitados, o PSB e o PMDB. Vamos caminhar com nossas próprias pernas nas eleições municipais do ano que vem, coligados ou com candidatura própria”, disse o prefeito de São Paulo, em entrevista coletiva.
Kassab afirmou que já fez convites para três políticos, tentando obter um nome viável para lançar seu sucessor na prefeitura. Segundo ele, foram chamados o vice-governador Guilherme Afif Domingos, o secretário municipal do Verde de São Paulo, Eduardo Jorge, assim como secretário Estadual de Economia e Planejamento, Francisco Vidal Luna. Nenhum dos três teria topado.
 "Vou trabalhar para que um deles aceite a missão. Se nenhum dos três aceitar, vou atrás de alguém nesse perfil", afirmou o prefeito, que assumiu procurar alguém motivado, alinhado com a nova sigla e disposto "a defender nosso governo."
Segundo ele, os fundadores do novo partido sabem que “no começo é sempre mais difícil. "Mas estamos conscientes de que estamos cumprindo nosso papel e unidos em partido com idéias que acreditamos", disse o prefeito, que usará uma silga que já existiu
Kassab afirmou que oficializou sua saída do DEM em telefonema feito na manhã desta segunda-feira ao novo comandante do partido, senador Agripino Maia. “Me desliguei das minhas funções partidárias. Desejo sorte (ao DEM) e que possa encontrar seu espaço com a nova direção”, afirmou Kassab.
Aproximação com Dilma
O chefe do Executivo paulistano disse ainda que inicia uma “nova jornada”. “Estou do lado dos que torcem para o sucesso da presidente Dilma (Rousseff). Essa aproximação sempre existiu e essa é a razão para a minha saída do DEM”, afirmou.
Kassab, que afirmou ter votado no candidato derrotado José Serra (PSDB), alegou que não estava se sentindo “confortável” em uma sigla que votava contra todos as propostas da situação, sem critério. “Eu acho que, acima dos partidos, existem os interesses do país. Temos que estar contra quando (o projeto) não é bom para o país. Era minha maior discordância.”
De toda forma, afirmando que não há mais esquerda e direita na política nacional, o chefe do Executivo paulistano afirmou que o PSD será “independente”, disposto a ajudar o governo Dilma e também comprometido com a “aliança” com o governo de São Paulo.

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