Kassab nega fusão do seu novo partido com PSB e fala em
aproximação com Dilma
Após anunciar a criação do Partido Social Democrático (PSD)
em São Paulo nesta segunda-feira (21), o prefeito da capital paulista, Gilberto
Kassab, negou que a nova legenda se fundirá a outras siglas para a disputa das
eleições municipais de 2012.
Em evento organizado às 12h30 na Assembleia Legislativa,
Kassab anunciou oficialmente em São Paulo que deixou o DEM para montar uma nova
frente política. No ato, começou a circular a lista de assinatura para novos
integrantes do PSD.
Ao lado de pelo menos 15 outros colegas de migração, o
prefeito determinou a instalação de um grupo de trabalho que irá decidir, nas
próximas semanas, quais serão o programa, o estatuto e o cronograma de funcionamento
da sigla.
No ano que vem, além de brigar em várias cidades pelo país,
o PSD pretende entrar na disputa pela prefeitura de São Paulo, concorrendo
inclusive com o então aliado PSDB.
“Não faremos fusão. Fomos convidados por duas legendas, por
dirigentes respeitados, o PSB e o PMDB. Vamos caminhar com nossas próprias
pernas nas eleições municipais do ano que vem, coligados ou com candidatura
própria”, disse o prefeito de São Paulo, em entrevista coletiva.
Kassab afirmou que já fez convites para três políticos,
tentando obter um nome viável para lançar seu sucessor na prefeitura. Segundo
ele, foram chamados o vice-governador Guilherme Afif Domingos, o secretário
municipal do Verde de São Paulo, Eduardo Jorge, assim como secretário Estadual
de Economia e Planejamento, Francisco Vidal Luna. Nenhum dos três teria topado.
"Vou trabalhar
para que um deles aceite a missão. Se nenhum dos três aceitar, vou atrás de
alguém nesse perfil", afirmou o prefeito, que assumiu procurar alguém
motivado, alinhado com a nova sigla e disposto "a defender nosso
governo."
Segundo ele, os fundadores do novo partido sabem que “no
começo é sempre mais difícil. "Mas estamos conscientes de que estamos
cumprindo nosso papel e unidos em partido com idéias que acreditamos",
disse o prefeito, que usará uma silga que já existiu
Kassab afirmou que oficializou sua saída do DEM em
telefonema feito na manhã desta segunda-feira ao novo comandante do partido,
senador Agripino Maia. “Me desliguei das minhas funções partidárias. Desejo
sorte (ao DEM) e que possa encontrar seu espaço com a nova direção”, afirmou
Kassab.
Aproximação com Dilma
O chefe do Executivo paulistano disse ainda que inicia uma
“nova jornada”. “Estou do lado dos que torcem para o sucesso da presidente
Dilma (Rousseff). Essa aproximação sempre existiu e essa é a razão para a minha
saída do DEM”, afirmou.
Kassab, que afirmou ter votado no candidato derrotado José
Serra (PSDB), alegou que não estava se sentindo “confortável” em uma sigla que
votava contra todos as propostas da situação, sem critério. “Eu acho que, acima
dos partidos, existem os interesses do país. Temos que estar contra quando (o
projeto) não é bom para o país. Era minha maior discordância.”
De toda forma, afirmando que não há mais esquerda e direita
na política nacional, o chefe do Executivo paulistano afirmou que o PSD será
“independente”, disposto a ajudar o governo Dilma e também comprometido com a
“aliança” com o governo de São Paulo.
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