sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Cabral participa da sabatina Uol/Folha

Cabral participa de sabatina Folha/Uol e diz que ataque a polícia pacificadora é "marketing de 5ª"

  
O candidato do PMDB à reeleição no governo do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, disse ontem quinta-feira (26) durante sabatina Folha/UOL que "é residual" a migração de criminosos para outras comunidades na capital fluminense, na região metropolitana e no interior após a instalação de UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora).
Ele afirmou que existe um "marketing de quinta categoria" sobre o assunto nas eleições estaduais.
"A grande maioria do tráfico larga a arma e fica", afirmou Cabral, líder nas pesquisas de intenção de voto e com chances de vencer seu principal rival, Fernando Gabeira (PV), no primeiro turno. "Se houver é muito residual. Onde você tem uma migração maior é para algumas comunidades já identificadas que nos já estamos acompanhando."
Cabral afirmou que, se renovar seu mandato, vai pacificar até o fim dele as quase mil comunidades carentes detectadas em todo o Estado.
Ele se comprometeu também a manter no cargo seu secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame.
Questionado sobre a presença do tráfico em vários morros da capital fluminense, em especial na Rocinha, ele respondeu: “Não posso dizer que vai ser no mês tal, mas eu termino o meu governo com todas as comunidades pacificadas”.
Cabral afirmou que o Estado agora tem estratégia e política de segurança.
“A crônica do pânico e do desespero sem fim acabou no Rio de Janeiro”, disse ele, que admitiu contar com "pesada segurança" para visitar algumas áreas da cidade do Rio.
“O que acontece lá [na Rocinha] é o que acontece em diversas comunidades em diversos lugares do Grande Rio. O tráfico tem uma rede de proteção. A diferença é que já não acontece mais em diversas comunidades onde não tem mais chefe do tráfico e não tem tiroteio”, afirmou.
Em seguida, fez referência ao filme “Tropa de Elite”, que mostra falta de preparo dos policiais militares, além da corrupção e do aparelhamento político na PM.
“Hoje não tem deputado negociando comando do batalhão, nomeando delegado titular. Lembrem-se o que era o Rio de Janeiro. Mas isso [melhorar a polícia] é um processo”, disse o candidato do PMDB, aliado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de sua favorita à sucessão no Palácio do Planalto, a petista Dilma Rousseff.
Em mais uma das respostas que deu após longos comentários, Cabral embargou a voz para falar de uma visita a uma área pacificada que fez acompanhado do filho.
“Só assim você rompe o preconceito do olhar do asfalto para a favela e da favela para o asfalto. Isso no Rio perdeu seu encanto drasticamente nos anos 80”, afirmou.
Cabral disse que a credibilidade do Estado foi retomada pelas políticas do secretário Beltrame, “que vai continuar por mais quatro anos”. “Não são obrinhas [que o governo fez]. São obras de resgate, que influenciam toda a região. Não apenas quem mora ali, mas quem circula ali. Com certeza estamos fragilizando a estrutura do poder paralelo, tanto da milícia como do tráfico”, disse.


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