sábado, 4 de setembro de 2010

Marina Silva pede por segundo turno com Dilma



A candidata à Presidência pelo PV, Marina Silva, sugeriu em entrevista concedida ao jornal SBT Brasil um segundo turno entre ela e a candidata Dilma Rousseff (PT), deixando de lado o concorrente José Serra (PSDB). A verde avaliou ainda que nem seu partido e nem os demais têm estrutura para governar o País sozinho.
"Nenhum partido tem estrutura para governar o País. O PT ganhou e é um partido com mais de 1 milhão de filiados e ficou refém do PMDB. O PSDB também ficou durante oito anos com o PMDB e com os democratas", afirmou.
Marina disse novamente que vem propondo um novo alinhamento em sua candidatura e voltou a afirmar que quer governar com os partidos maiores (PT e PSDB) e também, com "os partidos de tradição democrática de esquerda". "Do jeito que está não dá para ficar, oposição por oposição, situação por situação e nada vai mudar."
A verde, que ocupa o terceiro lugar nas pesquisas de intenção de voto, mais uma vez fez pediu aos eleitores que permitam que as eleições cheguem ao segundo turno, e se possível, com a disputa entre ela e Dilma.
"Se a sociedade quer uma presidente mulher pela primeira vez na história do Brasil, que ela deixe que tenhamos o mesmo tempo para a disputa. Não podemos deixar acabar no primeiro turno."
Questionada sobre o casamento gay, assunto que a candidata já demonstrou objeção outras vezes, Marina reafirmou ser contra, mas disse ser defensora dos direitos civis entre os homossexuais. "Sobre o casamento religioso eu tenho sim uma opinião contrária, mas acho que se um casal tem união estável ele deve ter os mesmos direitos."
A candidata também afirmou ser contra a criminalização dos movimentos sociais, mas defendeu qualquer tipo de extrapolação das regras democráticas. "Isso não nos dá direito de usar qualquer forma de violência, nem aqueles que são a favor da reforma agrária, nem aqueles que são contra."
Receita - Marina Silva voltou a cobrar esclarecimento do ministro da Fazenda, Guido Mantega, sobre os casos de quebra de sigilo fiscal de pessoas ligadas ao PSDB. Apesar disso, a candidata não quis fazer declarações quando questionada se o caso teria motivações políticas.
"Desde o início da minha campanha disse que não faria acusações a ninguém. Quero esperar as investigações que espero que sejam transparentes e rigorosas. O ministro da Fazenda deve esclarecimentos para a sociedade brasileira que está se sentindo vulnerável", disse Marina, ao defender que não se tenha um "vale-tudo" no momento de campanha eleitoral.

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