Promotoria denuncia Tiririca à Justiça por falsidade ideológica
O Ministério Público de São Paulo denunciou à Justiça o candidato Francisco Everardo Oliveira Silva (PR), o palhaço Tiririca, por falsidade ideológica.
Em entrevista concedida à revista "Veja", o humorista afirmou que declarou ao TSE não possuir nenhum bem, pois teria colocado todo o seu patrimônio em nome de terceiros, depois de responder a processos trabalhistas de sua ex-mulher.
O promotor eleitoral Maurício Antonio Ribeiro Lopes pediu a quebra dos sigilos fiscal e bancário de Tiririca, assim como cópias de processos contra ele que tramitam em segredo de Justiça no Ceará.
Pela mesma entrevista e pelo mesmo motivo, a Procuradoria Regional Eleitoral em São Paulo - órgão do Ministério Público Federal - encaminhou ofício à Justiça Eleitoral no último dia 10 para adoção das medidas cabíveis contra possível crime eleitoral cometido por Tiririca.
Tiririca é candidato a deputado federal em São Paulo. Entre suas propostas, pretende atender o povo do nordeste, que segundo ele, é muito discriminado.
Também quer criar incentivos para artistas de circo. Na educação, quer incluir nas escolas atividades como artesanato, canto e costura.
Ele tem forte ligação com sua mãe, que incentiva a sua candidatura. Foi ela quem lhe deu o apelido pelo qual se tornou conhecido.
Embora diga no horário eleitoral gratuito que, se eleito, pretende ajudar "inclusive" sua família, Tiririca já foi destaque de páginas policiais em um caso violência doméstica. Em 1998, o palhaço foi levado de camburão à 6º Delegacia Seccional de Contagem, região metropolitana de Belo Horizonte, acusado de agredir a tapas Rogéria Mariano da Silva, sua mulher. Mais tarde, ela retirou a queixa.
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