Greve na Justiça vai continuar
Milhares de processos estão parados nos Cartórios das cidades da Região Sul Fluminense. De acordo com o Sindicato, casos mais urgentes estão sendo atendidos.
Desde a última quarta-feira (20), a Justiça do Estado do Rio de Janeiro enfrenta uma greve de seus serventuários.
De acordo com a assessoria do Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário do Rio de Janeiro (SindJustiça/RJ), cerca de 70% da categoria já aderiu à greve.
A justiça vem funcionando precariamente na Região Sul Fluminense, onde somente casos urgentes relacionados a vara de família, da área criminal, como liberação de liminar de habeas corpus e trâmites relacionados à Fazenda Pública, como concessão de remédios por parte do Governo estão sendo atendidos.
Os grevistas alegam que a Justiça deu ganho de causa a eles em uma ação ajuizada em 1988, assegurando o direito ao recebimento do percentual de 70,5%, porém, o Tribunal anteriormente já havia reconhecido a dívida e efetuado o pagamento de parte desse percentual, restando, agora, 24%.
A Coordenação geral do Sindicato informa que a Administração do Tribunal de Justiça vem adotado medidas repressivas contra os Serventuários, visando intimidar o movimento, que, entretanto, vem acrescendo rapidamente em todo o Estado.
“Nem mesmo o aviso do corte de ponto, cassações das licenças sindicais e a remoção de colegas vão fazer com que a categoria recue”, disse a serventuária Izabel, que integra o comando de gereve do SindJustiça.
A assessoria do Tribunal esclarece que a greve não estaria calcada em reivindicações justas de toda a categoria, a partir do momento que o direito ao recebimento do percentual de 24% seria apenas dos Serventuários que integram a ação judicial e não de toda a categoria.
Para o serventuário Sandro, assessor do Sindicato, o comando de greve vem sustentando reivindicações justas e o objetivo do Tribunal, quando faz esse tipo de alegação, é dividir a categoria e jogá-la contra o Sind-Justiça.
“O Tribunal de Justiça reconheceu o direito dos serventuários em receber o percentual de 70,5%, tanto que anteriormente efetuou o pagamento de parte desse percentual a todos os servidores da Justiça no Estado”, disse Sandro, completando “O que se pretende agora, a par da isonomia existente, é permitir o recebimento do restante desse percentual, ou seja, os 24%”.
Na tarde da próxima terça-feira (26) o comando de greve estará se reunindo com os serventuários da Justiça em mais uma Assembléia, que deverá ser realizada em frente ao Fórum, no Centro da cidade do Rio de Janeiro, onde os rumos do movimento serão discutidos.
1 comentários:
A greve é medida extrema, mas os serventuários foram obrigados a recorrer ao movimento paredista para exigir o cumprimento da lei e resgatar o estado democrático de direito. A população sofre e os serventuários também, diante desse indesejado e falido judiciário. A arrogância e a vaidade do Pres. Zveiter impede que o sindicato avance nas negociações e o Sr Cabral, agora reeleito, passa a impressão de que o problema não é dele. Isso é uma vergonha!
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