quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Ministério Público denuncia deputados estaduais eleitos no Rio

O MPE (Ministério Público Eleitoral) denunciou quatro deputados estaduais eleitos na última eleição realizada no Rio Janeiro.

O deputado estadual reeleito André Correa pode perder sua vaga na Alerj - Foto: Rafael Wallace
Graça Pereira (DEM), André Corrêa (PPS) e Thiago Pampolha são investigados por abuso de poder econômico, enquanto Paulo Melo (PMDB) foi denunciado por conduta vedada.
As denúncias foram apresentada pelo Ministério Público no inicio do mês de outubro e estão sendo analisadas pela Justiça.
Contra Graça Pereira a denúncia teve origem em documentos de eleitores apreendidos pela fiscalização do TRE-RJ (Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro) em centros assistencialistas mantidos pelo vereador Jorge Pereira (PTdoB), marido de Graça.
No local, situado na Ilha do Governador, na zona norte do Rio, os fiscais encontraram currículos com número de identidade, CPF e título de eleitor, formulários de encaminhamento para um ambulatório com o timbre do Ministério da Saúde e uma lista com nomes de pessoas para fazer propaganda de boca de urna.
No caso de André Corrêa, o MPE acusou o político de publicar panfleto com propaganda da sua candidatura em revista de entidade sindical e de promover palestra em entidade esportiva, em ações caracterizadas como doação de bens e “serviços estimáveis em dinheiro”.
Thiago Pampolha foi denunciado por fazer um programa de milhagens para os clientes de postos de gasolina que seriam ligados à família do parlamentar eleito.
O quarto acusado, Paulo Melo, teria utilizado indevidamente o cadastro de contribuintes da prefeitura de Saquarema para enviar propaganda eleitoral com ajuda da prefeita da cidade, Franciane Motta (PMDB), esposa de Melo.
Se julgados e condenados, os parlamentares eleitos podem ser considerados inelegíveis, terem seus registros de candidatura cassados e, consequentemente, perderem a vaga conquistada nas últimas eleições para Alerj.
Os candidatos procurados pela reportagem até o fechamento desta edição não responderam ao contato.

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