Prefeitura intensifica campanha contra Brucelose Bovina
Segunda etapa vai até o dia 30 de outubro
Foto: Paulo Dimas
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A Prefeitura de Barra Mansa vai intensificar, a partir desta semana até o fim do mês, a segunda etapa da Campanha de Vacinação Contra Brucelose Bovina. Desde a segunda quinzena do mês de setembro, duas equipes da Secretaria de Desenvolvimento Rural estão percorrendo as propriedades rurais do município. Até o momento, eles já visitaram 82 propriedades e vacinaram 366 animais. Para intensificar a visita nas propriedades, a secretaria vai duplicar a equipe de trabalho para que vacinem 1,2 mil fêmeas com idades entre 3 e 8 meses, das cerca de 225 propriedades rurais da cidade até o dia 30 de outubro, prazo previsto para o término da campanha.
De acordo com o coordenador de Desenvolvimento Rural, Luís Antônio Ferreira Lima, a expectativa é vacinar todo o rebanho de fêmeas de 3 a 8 meses de idade do município, mas ele acredita que se a secretaria alcançar 80% deste número já será um bom resultado. “Os grandes produtores rurais da cidade mantém seu gado vacinado contra a brucelose e outras doenças. Eles têm um veterinário que cuida dos animais e controlam o cartão de vacina. Por isso, se atingirmos esta porcentagem vamos ter vacinado um bom número de animais. Em todas as campanhas temos alcançado bons resultados. Para se ter uma idéia, em 2009, nas duas etapas realizadas, atendemos a 263 propriedades, vacinamos 2.632 animais e beneficiando 196 produtores. Já na primeira etapa da campanha deste ano, vacinamos 1.179 animais.
A campanha de vacinação é promovida todo ano em duas etapas, nos meses de março e setembro, em parceria com a Emater-Rio, o Núcleo de Defesa Agropecuária da Seappa (Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária, Pesca e Abastecimento) e as Cooperativas Agropecuárias de Barra Mansa e do distrito de Nossa Senhora do Amparo. De acordo com o secretário de Desenvolvimento Rural, Cláudio Meirelles, o objetivo da campanha é ter o rebanho imunizado contra a brucelose e melhorar sua qualidade. “Há mais de 10 anos vimos conscientizando os produtores e imunizando o rebanho contra brucelose. Além de contribuir para a erradicação da doença na região, temos um gado vacinado e melhoramos a produção leiteira. A vacinação é uma forma de prevenção e, por isso, a campanha se faz importante. Nosso objetivo é erradicar a doença”, comenta Meirelles.
O prefeito de Barra Mansa, Zé Renato, comenta sobre a importância da campanha. “É importante que os produtores mantenham o gado vacinado e dentro das normas sanitárias do Ministério da Agricultura. Com esta campanha, a Prefeitura visa contribuir para melhorar o padrão de qualidade do leite produzido e do rebanho do município que, hoje, é de cerca de 32 mil animais. A vacinação é importante porque reduz a prevalência da doença, a qual traz sérios prejuízos para o produtor, que tem sua produção de leite e de carne reduzida. A melhor maneira de evitar isso é realizar a prevenção”, ressalta ele.
Doença - No caso de suspeita da doença nos animais, o produtor deverá procurar o médico veterinário e comunicar à gerência de Defesa Agropecuária da Prefeitura ou ao Núcleo de Defesa Agropecuária do município. Os produtores que não estiverem cadastrados e quiserem receber a visita dos técnicos ou aqueles que ainda não vacinaram seus animais devem entrar em contato com a Secretaria, que fica no Parque da Cidade, de segunda a sexta-feira, de 7 às 17 horas, ou pelo telefone (24) 3324-0920.Brucelose - É uma doença infectocontagiosa, caracterizada como zoonose, que é causada por bactérias do gênero Brucella e ataca principalmente animais de casco fendido, como bovinos, suínos, bubalinos, caprinos e ovinos. Entre os sintomas mais comuns, no macho, estão artrites, orquites (inflamações dos testículos que acabam provocando sub-fertilidade e até esterilidade). No caso das fêmeas, ocorrem artrites, mamites, metrites (inflamação do útero), corrimento vaginal, retenção de placenta, aborto, complicações pós-parto e sub-fertilidade.
Entre os animais, a transmissão da doença se dá pela ingestão de pastos contaminados pelo corrimento vaginal, restos de placenta, fetos abortados e sêmen de touros infectados. No homem, a contaminação se dá através de ingestão de carne, leite cru ou mal fervido e outros produtos fabricados com leite não pasteurizado. A doença causa no ser humano febre, dor de cabeça, nevralgias, dores articulares e suores, além de infertilidade. Alguns sintomas podem ser confundidos com outras doenças, sendo o tratamento difícil, caro e nem sempre com bons resultados.
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