SMMA adota estratégia para combater vandalismo
Participação da comunidade no plantio é incentivada para evitar depredações
Um dos maiores problemas que os projetos de arborização da Secretaria Municipal de Serviços Públicos (SMSP) encontram são a depredação de mudas recém-plantadas e das estruturas que as protegem. O vandalismo atrasa o processo de arborização, já que é necessário replantar todas as mudas destruídas ou arrancadas.
Para tentar mudar esse cenário, os técnicos da SMSP adotaram uma nova estratégia em relação a essas atividades de plantio de árvores na cidade. A SMSP passou a envolver os moradores da comunidade que recebe o benefício – por meio das associações de moradores e escolas, por exemplo – o que tem trazido bons resultados, segundo o assessor ambiental da SMSP, Sílvio da Fonte Alves. “Estamos fazendo o trabalho ambiental junto com as escolas e associações de moradores, como a FAM (Federação de Associação de Moradores), visando a comunidade, que também passa a ser responsável pelo plantio e se sente também dona das plantas. Estamos chamando a comunidade para participar, o que é uma mudança histórica de atitude”, apontou Alves.
Segundo ele, anteriormente, não havia interação com os usuários dos locais que receberiam as plantas. “Antes, passava-se em frente à escola para fazer o plantio de mudas e não se entrava. Passava-se em frente à associação do bairro e não se entrava. A mentalidade atual é o contrário, é buscar, interagir com a comunidade nos projetos de educação ambiental”, enfatizou. O mais recente plantio de árvores foi feito na Vila Santa Cecília, com a participação de estudantes de uma escola do bairro, com a substituição das árvores que chegaram ao final do ciclo de vida. Cerca de 200 mudas foram usadas nas ruas 27, 31, 18-A , 18-B, e no Jardim dos Inocentes.
É importante lembrar que destruir ou danificar, por qualquer meio, as plantas de ornamentação que estão nos canteiros e logradouros públicos ou propriedades privadas, é crime ambiental previsto nos artigos 49 e 63 do Código Municipal de Meio Ambiente (Lei 4.438/2008). A pena de detenção prevista é de 3 meses a 1 ano, porque toda vegetação de porte arbóreo localizada dentro dos limites territoriais do município, constitui-se como bem de interesse comum, de domínio público ou privado.
VIVEIRO CENTRAL – O engenheiro florestal Evandro da Silva Batista, da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMMA) aponta que a arborização da cidade traz uma melhor qualidade de vida para a população. “As árvores amenizam o clima, retém as partículas sólidas em suspensão, renovando o oxigênio. Os plantios são feitos seguindo o calendário agrícola, nas épocas de chuvas. As podas são feitas geralmente em épocas de seca”, ressaltou Batista, lembrando que para cada árvore removida - no final do seu ciclo de vida, por volta de 60 anos - outras três são plantadas para fazer a substituição
Segundo informações da SMMA, o Parque Natural Municipal Fazenda Santa Cecília do Ingá – que com 211 hectares é a maior área verde do município, remanescente da Mata Atlântica - tem um viveiro central de produção e doação de mudas utilizadas nos projetos de arborização na cidade, e para distribuição aos moradores e entidades que valorizam o verde e o meio ambiente.
O Parque Natural vem cumprindo o seu objetivo e sua função social com a comunidade, protegendo a biodiversidade, promovendo a pesquisa científica e contribuindo com o avanço ambiental, recebe visitas orientadas de estudantes pelos projetos SOS Queimadas, Ingazinho e Ingá Maduro, auxiliando na conscientização dos jovens dentro dos projetos de educação ambiental.
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