quinta-feira, 6 de janeiro de 2011


Praticantes de equoterapia de Porto Real iniciam atividades pré-esportivas

A prática do hipismo (adaptado) ficou mais próxima de se tornar realidade para 13 das 30 crianças pertencentes ao projeto de equoterapia em Porto Real.


Atualmente elas praticam a equitação terapêutica, que é uma fase do tratamento em que os praticantes são preparados para serem inseridos nesta modalidade esportiva. A partir daí eles podem passar à condição de atletas. Segundo as profissionais responsáveis pela equoterapia em Porto Real, a ideia é promover ainda este ano a primeira edição dos Jogos Colaborativos de Porto Real, onde estaria incluída a apresentação hípica de atletas praticantes de equoterapia, inclusive de outras cidades que desejarem participar do evento.
Levado há cerca de dois meses para o município através Secretaria Municipal de Saúde, o projeto também conta com a participação da Coordenadoria de Educação Especial da Secretaria de Educação, Cultura, Esporte e Laser, que neste caso fica responsável pelo encaminhamento de alunos da Rede Municipal de Ensino, que apresentem alterações no aprendizado relativas a deficiências como déficit de aprendizado, TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade) e problemas comportamentais. A Secretaria de Educação fornece ainda o transporte aos praticantes da equoterapia e seus responsáveis ou acompanhantes.
De acordo com a fisioterapeuta Mariane Peres, uma das responsáveis pela equoterapia em Porto Real, “a equitação terapêutica é uma fase do tratamento voltada aos praticantes que apresentam um bom grau de independência em relação ao cavalo”. Segundo ela, as pretensões futuras são de que pelo menos alguns destes praticantes estejam aptos ao hipismo adaptado nos próximos meses: “Queremos realizar o primeiro Jogos Colaborativos de Porto Real até o final do ano, para que alguns de nossos praticantes possam se apresentar, juntamente com praticantes de outras cidades que também promovam a equoterapia e que desejarem participar”, explica Mariane. Uma das presenças  neste evento poderá ser Jardel Simão (13), estudante da quarta série do ensino fundamental (foto), um dos destaques da equitação terapêutica no município.
Ao enumerar os benefícios  e indicações para a pratica de equoterapia, Mariane esclareceu que, além das patologias neurológicas, este tipo de tratamento também é muito recomendado para casos como déficit de aprendizado, TDAH e problemas comportamentais: “A parceria com a Coordenadoria de Educação Especial da Secretaria de Educação tem sido muito importante porque é através dela que os alunos das escolas municipais de Porto Real, que apresentam indicação para o tratamento, cheguem até nós”. Foi o caso de Jardel, encaminhado para equoterapia devido a uma dificuldade de aprendizado.
A dona de casa, Marli Aparecida de Oliveira (47), mãe de Jardel, conta que o filho apresentava dificuldades de concentração e que não gostava de ir à escola: “Hoje ele presta atenção nas aulas e faz todas as tarefas”, revela.
Mariane explica que, neste caso, um dos objetivos da equoterapia é o estimulo ao raciocínio do praticante: “Criamos percursos em que eles precisam memorizar os trajetos e criar estratégias para realizá-los, entre outros”, finaliza ela, salientando que os cavalos ideais para a equoterapia precisam se de trote e mansos.

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