Prefeitura de Resende encontra mais 320 focos de dengue
Secretaria de Saúde trabalha para evitar casos da doença
A Secretaria Municipal de Saúde continua trabalhando para
que Resende não seja afetada por uma epidemia da dengue, mas este objetivo só
vai ser alcançado com o envolvimento de todos os segmentos da população e de
cada cidadão. Esta advertência foi reafirmada novamente na manhã desta
quarta-feira, dia 25, pela diretora de Vigilância em Saúde do Município, Lúcia
Albuquerque. Segundo ela, mais 320 focos da doença foram encontrados em 17
comunidades do Município na terceira semana deste ano. Nas duas primeiras
semanas de 2011, os números de focos encontrados foram 500 e 300,
respectivamente.
- A diferença de números entre uma semana e a outra não significa
uma redução na quantidade de focos e sim que em determinados comunidades o
número é maior – declara Lúcia.
Segundo a diretora de Vigilância em Saúde da Prefeitura, as
perspectivas para o país não são boas e o Ministério da Saúde teme um surto da
doença. Em 2010, a
cidade de Resende registrou 26 casos de dengue e, embora este ano ainda não
tenha sido confirmado nenhum caso positivo, “a situação continua muito
preocupante”.
- Há um risco de que todo o País venha a enfrentar uma
epidemia em 2011. Estamos atuando na prevenção e no combate aos focos do
mosquito, mas esta é uma ação que só terá sucesso se todos os moradores
colaborarem e abrirem suas residências para que os agentes de saúde e
voluntários do Corpo de Bombeiros possam entrar em suas casas e realizar o
trabalho necessário. Todos os agentes responsáveis por este trabalho são
devidamente identificados – explicou Lúcia Albuquerque, salientando que o
índice de recusa dos moradores em receber as equipes ainda é muito alto,
girando atualmente em torno de 12 por cento.
Outro fator de preocupação, de acordo com a diretora, é
quanto ao número de residências fechadas, que está em 80 por cento do total de
imóveis visitados. Só no bairro Barbosa Lima, visitado entre 16 a 22 de janeiro, os agentes encontraram
63 por cento dos imóveis fechados. Ela explica que nos bairros onde existem
muitos prédios a dificuldade é grande porque os moradores que trabalham fora
não deixam as chaves com os zeladores ou síndicos, dificultando ainda mais o
trabalho de prevenção.
- Já tivemos reuniões com síndicos pedindo o apoio deste
segmento. Durante a realização destes encontros, sugerimos que os próprios
moradores preenchessem um formulário informando se em sua residência há focos,
mas não tivemos sucesso. Nosso apelo é para que aquelas pessoas que passam o
dia todo fora telefonem para o CCZ (Centro de Controle de Zoonozes), através
dos números 3360-9690, 3381-9802 e 3360-5186, visando agendar uma visita dos
agentes. Quem já teve dengue, sabe o quanto é ruim e as pessoas têm que se
conscientizar do perigo. A dengue pode matar - afirmou.
Uma das estratégias adotadas pela Secretaria Municipal de
Saúde a partir deste mês foi a divulgação semanal de uma lista de ruas e
bairros visitados pelos agentes onde foram encontrados focos do mosquito. O
objetivo da medida é chamar a atenção dos moradores dessas localidades para que
acompanhem o que está acontecendo no local onde mora. A lista está disponível
em todas as unidades de saúde para a consulta dos interessados e também vem
sendo divulgada por meio da imprensa.
A diretora
contou ainda que a Secretaria de Saúde está criando novas estratégias de
combate ao mosquito. A próxima delas fará com que os agentes voltem às
residências num período de 24 horas após a identificação do foco. Esta ação
está planejada para breve com o objetivo de diminuir os números de focos,
principalmente nos meses de abril e maio, período considerado pelas autoridades
como muito crítico no caso da dengue.
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