quinta-feira, 27 de janeiro de 2011


Prefeitura de Resende encontra mais 320 focos de dengue

Secretaria de Saúde trabalha para evitar casos da doença


A Secretaria Municipal de Saúde continua trabalhando para que Resende não seja afetada por uma epidemia da dengue, mas este objetivo só vai ser alcançado com o envolvimento de todos os segmentos da população e de cada cidadão. Esta advertência foi reafirmada novamente na manhã desta quarta-feira, dia 25, pela diretora de Vigilância em Saúde do Município, Lúcia Albuquerque. Segundo ela, mais 320 focos da doença foram encontrados em 17 comunidades do Município na terceira semana deste ano. Nas duas primeiras semanas de 2011, os números de focos encontrados foram 500 e 300, respectivamente.
- A diferença de números entre uma semana e a outra não significa uma redução na quantidade de focos e sim que em determinados comunidades o número é maior – declara Lúcia. 
Segundo a diretora de Vigilância em Saúde da Prefeitura, as perspectivas para o país não são boas e o Ministério da Saúde teme um surto da doença. Em 2010, a cidade de Resende registrou 26 casos de dengue e, embora este ano ainda não tenha sido confirmado nenhum caso positivo, “a situação continua muito preocupante”.
- Há um risco de que todo o País venha a enfrentar uma epidemia em 2011. Estamos atuando na prevenção e no combate aos focos do mosquito, mas esta é uma ação que só terá sucesso se todos os moradores colaborarem e abrirem suas residências para que os agentes de saúde e voluntários do Corpo de Bombeiros possam entrar em suas casas e realizar o trabalho necessário. Todos os agentes responsáveis por este trabalho são devidamente identificados – explicou Lúcia Albuquerque, salientando que o índice de recusa dos moradores em receber as equipes ainda é muito alto, girando atualmente em torno de 12 por cento.
Outro fator de preocupação, de acordo com a diretora, é quanto ao número de residências fechadas, que está em 80 por cento do total de imóveis visitados. Só no bairro Barbosa Lima, visitado entre 16 a 22 de janeiro, os agentes encontraram 63 por cento dos imóveis fechados. Ela explica que nos bairros onde existem muitos prédios a dificuldade é grande porque os moradores que trabalham fora não deixam as chaves com os zeladores ou síndicos, dificultando ainda mais o trabalho de prevenção.
- Já tivemos reuniões com síndicos pedindo o apoio deste segmento. Durante a realização destes encontros, sugerimos que os próprios moradores preenchessem um formulário informando se em sua residência há focos, mas não tivemos sucesso. Nosso apelo é para que aquelas pessoas que passam o dia todo fora telefonem para o CCZ (Centro de Controle de Zoonozes), através dos números 3360-9690, 3381-9802 e 3360-5186, visando agendar uma visita dos agentes. Quem já teve dengue, sabe o quanto é ruim e as pessoas têm que se conscientizar do perigo. A dengue pode matar - afirmou.
Uma das estratégias adotadas pela Secretaria Municipal de Saúde a partir deste mês foi a divulgação semanal de uma lista de ruas e bairros visitados pelos agentes onde foram encontrados focos do mosquito. O objetivo da medida é chamar a atenção dos moradores dessas localidades para que acompanhem o que está acontecendo no local onde mora. A lista está disponível em todas as unidades de saúde para a consulta dos interessados e também vem sendo divulgada por meio da imprensa.
     A diretora contou ainda que a Secretaria de Saúde está criando novas estratégias de combate ao mosquito. A próxima delas fará com que os agentes voltem às residências num período de 24 horas após a identificação do foco. Esta ação está planejada para breve com o objetivo de diminuir os números de focos, principalmente nos meses de abril e maio, período considerado pelas autoridades como muito crítico no caso da dengue.

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