Dilma faz apelo para aprovação de mínimo
Em reunião nesta terça-feira com líderes governistas do
Senado, a presidente Dilma Rousseff fez um apelo para que a Casa vote nesta
semana o projeto que aumenta o salário mínimo para R$ 545 sem mudanças no texto
já aprovado pela Câmara.
Dilma quer sancioná-lo ainda em fevereiro para que o novo
valor possa vigorar em março.
"A presidente pediu que nós aprovássemos o projeto com
celeridade, sem mudar o texto da Câmara. Fiz um relato sobre a firmeza da base
aliada, estamos todos unidos pelo R$ 545", afirmou o líder do governo na
Casa, Romero Jucá (PMDB-RR).
Jucá, que é relator do projeto do salário mínimo no Senado,
vai derrubar todas as emendas com propostas de mudanças no texto. Se sofrer
alterações no Senado, o projeto tem que seguir para nova votação da Câmara --o
que atrasaria sua sanção pela presidente.
A oposição apresentou emendas para elevar o mínimo para R$
600 e para retirar do texto o artigo que permite o reajuste automático no
valor, até 2015, por meio de decreto presidencial --Sem passar a discussão pelo
Congresso. Os governistas estão determinados a derrubar as emendas sob
orientação do Palácio do Planalto.
Jucá defende o reajuste por meio de decreto ao afirmar que o
STF (Supremo Tribunal Federal) utilizou mecanismo semelhante para reajustar os
salários dos ministros da Corte. "Se o Supremo faz o seu próprio reajuste
com esse dispositivo, é porque não é inconstitucional", disse o líder.
Entre os líderes da base governista, o discurso é o da
unidade em torno dos R$ 545, com poucas dissidências contabilizadas pelo
Palácio do Planalto.
O líder do PT, senador Humberto Costa (PE), disse que os 19
senadores petistas devem votar no valor proposto pelo governo --incluindo o
senador Paulo Paim (PT-RS), que chegou a anunciar que apresentaria emenda para
elevar o valor para R$ 560.
"Devemos votar com a unanimidade da bancada, inclusive
o senador Paim. Temos o compromisso de fazer com que os principais projetos do
governo sejam aprovados no Senado", afirmou.
A expectativa é que 57 dos 62 integrantes da base governista
no Senado votem a favor do salário mínimo de R$ 545.
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