Dilma visita 'oitava maravilha do mundo' e elogia capacidade
do povo chinês
A presidenta Dilma Rousseff encerrou hoje (16) visita de
seis dias à China com um passeio pelo parque dos Guerreiros de Terracota na
cidade de Xian, na parte central do país.
O conjunto foi construído no século 3, durante a dinastia do
primeiro imperador chinês, Qin Shi Huang. No livro de visitas do local, a
"oitava maravilha do mundo", nas palavras da presidenta, Dilma
Rousseff escreveu que o exército de terracota demonstra a imensa capacidade do
povo chinês ao longo dos séculos.
Na visita, que por cerca de uma hora fechou o parque para o
público, Dilma Rousseff viu de perto o local descoberto em 1974 por moradores
que cavavam um poço de água. A presidenta ficou impressionada com o complexo
mecanismo de um eixo usado em carruagens da época.
"Maravilha, perfeito", disse Dilma. "E
funciona?", perguntou, ao que a guia respondeu que sim. A presidenta fazia
perguntas constantemente e queria entender, em detalhes, como tudo funcionava.
"Não é à toa que eles são tão bons em novos materiais e nanotecnologia
", afirmou, por sua vez, o ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio
Mercadante.
Em Xian, no dia anterior, a presidente visitou a ZTE, uma
empresa que fabrica equipamentos de telecomunicações e que vai investir US$ 200
milhões na construção de uma fábrica em Hortolândia, São Paulo. A agenda prevê
que Dilma Rousseff retorne ao Brasil amanhã (17).
A visita terminou com um saldo de investimentos concretos,
promessas de diversificação comercial, acordo para permanência da fábrica da
Embraer na China, encomenda de novos aviões, a abertura parcial do mercado
chinês para importação de carne suína e uma série de acordos de cooperação em
diversas áreas, entre elas ciência e tecnologia.
Outra conquista anunciada pelo governo, porém recebida com
muito ceticismo no Brasil, foi uma promessa de investimento da Foxconn no
Brasil de US$ 12 bilhões. A empresa construiria uma cidade do futuro em local
ainda a ser divulgado e instalaria ali uma fábrica para a construção de telas
de cristal líquido usadas na produção de iPads e celulares de terceira geração.
O governo comemorou a promessa, resultado de uma negociação
de três meses com a empresa sediada em Taiwan. O entendimento foi apontado como
avanço na tentativa de atrair para o Brasil investimentos chineses em setores
de alta tecnologia, que agreguem valor à cadeia produtiva.
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