Acidente mostra falha de siderúrgica na prevenção de riscos ambientais
O Ministério Público Federal (MPF) em Volta Redonda (RJ) recomendou à Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) que analise o nível de contaminação do solo e das águas subterrâneas de sua usina, em razão do vazamento de óleo ocorrido no mês de agosto.
Na época, resíduos tóxicos atingiram o rio Paraíba do Sul, que abastece mais de 12 milhões de pessoas nos Estados do Rio de Janeiro e Minas Gerais.
Após analisar os laudos de vistoria, o MPF concluiu que a CSN precisa de uma completa reformulação da sua política de prevenção a riscos ambientais.
Na recomendação, o procurador da República Rodrigo da Costa Lines cobra que a CSN contrate um estudo de uma auditoria ambiental independente para apurar as condições das tubulações da usina e reformule seu plano de emergência em caso de acidente ambiental.
O Instituto Estadual do Ambiente (Inea) ficou responsável pela aprovação do plano e deverá ser imediatamente comunicado de eventuais vazamentos de material químico nos rios.
Segundo o Inea, a CSN não comunicou logo os vazamentos ocorridos em agosto, situação que acabou sendo informada por “terceiros”, e alegou ignorar suas causas por ter uma “malha hídrica muito extensa e antiga”.
Na época o Instituto aplicou à CSN uma multa de R$ 5 milhões pelos dois vazamentos e multa diária durante a violação dos padrões permitidos.
A CSN procurada pela reportagem não respondeu ao contato até o fechamento desta edição.
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