terça-feira, 14 de setembro de 2010

Banco de Olhos de Volta Redonda completa um mês de funcionamento


Banco de Tecido Ocular Pedro Sélmo Thiesen já captou 42 córneas, 40% a mais que as previsões iniciais


O Banco de Tecido Ocular Pedro Sélmo Thiesen (Banco de Olhos de Volta Redonda) completa esta semana um mês de funcionamento, e segundo a coordenadora do projeto de implantação do Banco de Olhos, Rosa Lages, com bons motivos para comemoração. Até agora, foram captadas 42 córneas, número cerca de 40% superior ao previsto inicialmente. “A captação ultrapassou bastante nossas expectativas, que era de captar 30 córneas. Mas no segundo mês de funcionamento esperamos captar 50 córneas”, explicou Rosa.
O diretor geral do SAH (Serviço Autônomo Hospitalar), Sebastião Faria, destacou ainda que a maior parte das córneas captadas em Volta Redonda já foram encaminhadas para transplante. “Já enviamos 20 córneas para a Central de Transplantes (no Rio de Janeiro), para a realização de transplantes”, comemorou Faria.
Rosa Lages – que também é assessora técnica da SAH - lembrou que é importante que a pessoa que deseja ser doadora de órgãos e tecidos manifeste em vida essa intenção para a família, que é quem tem a última palavra sobre a doação, depois da morte do possível doador. “Quando a pessoa morre, a família tem a autonomia para decidir sobre a doação, por isso a importância de manifestar esse desejo em vida para a família”, ressaltou ela, explicando que a abordagem feita pela equipe do Banco de Olhos à família é um momento crucial. “A abordagem e a entrevista com a família são feitas por psicólogos e assistentes sociais, especializados neste procedimento. Na entrevista é verificado ainda se a pessoa realmente pode ser doadora”, disse Rosa.
No caso do tecido ocular, o doador deve ter entre 10 e 75 anos, e não pode ter tido contato com o vírus da hepatite, HIV ou ter morrido com infecção (septicemia). “É muito importante que as pessoas doem. Como diz nossa campanha: Quem doa as córneas continua vendo a vida pelos olhos de outra pessoa”, frisou Rosa.
VISITA A SOROCABA – Segundo informou a coordenadora do projeto de implantação do Banco de Olhos de Volta Redonda, os técnicos da unidade farão uma visita no início do próximo mês ao Banco de Tecidos Humanos de Sorocaba (SP), que é referência nacional e internacional na área, para adquirir experiências. “O Banco de Tecido Humano de Sorocaba é o que mais colhe e mais realiza transplantes de córnea no Brasil. O Médio Paraíba mandava seus pacientes para lá. Nossa intenção é conhecer experiências técnicas e administrativas da unidade, e trazê-las para cá”, explicou Rosa.
Outra ação prevista pela coordenação do Banco de Olhos é a convocação de uma reunião – com data provável no dia 7 de outubro – com os diretores de hospitais, coordenadores de UTIs (Unidade de Terapia Intensiva) adultas, urgências e emergências, enfermagem, de unidades públicas e particulares de toda a região, para a formação de uma rede de captação de córneas. “O objetivo principal deste encontro será chamar a atenção para a importância de que todas as unidades ajudem a formar e participem dessa rede de captação, em toda a nossa região”, destacou a coordenadora.

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