terça-feira, 22 de fevereiro de 2011


Baixo índice de mortalidade infantil é destaque na saúde em Barra Mansa

 Ações preventivas à saúde da mãe e do bebê são principais responsáveis pelo resultado positivo


            Dados parciais divulgados pela Prefeitura de Barra Mansa, sobre a mortalidade infantil, mostram que em 2010 o município registrou a taxa anual de 10.9, bem abaixo da última média brasileira, que ficou em 22,5. Segundo o IBGE, a taxa de mortalidade infantil corresponde à taxa de crianças menores de um ano de idade que morrem por mil nascidos vivos durante o período de um ano, sendo o período de maior atenção o de crianças com até 28 dias. 
            De acordo com o prefeito Zé Renato, esses números mostram que em Barra Mansa a qualidade de vida e de atendimento médico tem melhorado, o que reflete diretamente no índice de mortalidade infantil. “Estamos empenhados em garantir melhor qualidade de vida e de atendimento médico, por isso não temos poupado esforços e investimentos na área. Acredito que essa boa notícia seja resultado de um cuidado e de um olhar mais humanitário que temos com a nossa população. Estamos felizes por fazermos parte de uma mudança tão positiva”, comemorou.
            Entre os principais fatores da mortalidade infantil estão a idade da mãe – muito jovem ou avançada - e a falta do pré-natal. Além disso, de acordo com a gerente de Vigilância em Saúde, Elizabeth Larcher, o parto natural proporciona melhor recuperação da mãe que pode, por exemplo, amamentar com mais tranquilidade, sendo melhor opção que a cesariana, salvo em casos de complicações.
            Em 1992, o índice do município era de 36,6. Já em 2000, foi registrada uma taxa de 23,5 e, desde então, os números têm caído diante de novas estratégias de atendimento e cuidado, como explica Elizabeth. “Os números refletem a qualidade do trabalho que tem sido realizado em Barra Mansa com a implantação de diversas atividades de atendimento. Há cerca de dez anos começamos a nos empenhar ainda mais para oferecer um atendimento de pré-natal que sensibilize as mães a cuidarem da própria saúde e consequentemente prezam pela saúde do bebê e notamos que os números têm caído”, explicou.
             As estratégias mencionadas pela gerente são a atenção maior na disponibilização do pré-natal no Hospital da Mulher e nas unidades de saúde, o acompanhamento pediátrico a que as mães são orientadas a realizarem com seus filhos, a formação de diversos profissionais com enfoque na saúde da mãe, amamentação e a saúde do bebê, entre outras ações.
            Uma das provas de que Barra Mansa tem se tornado uma referência na saúde da mulher e da criança é o certificado de município do estado que mais recebeu títulos de Unidade Amiga da Amamentação – no total são 23. O programa é desenvolvido no município desde 2005 e tem por finalidade conscientizar as mães sobre a importância da amamentação tanto para elas próprias como para os bebês. Trabalham com essa formação, 457 profissionais de saúde capacitados pela Iniciativa Unidade Básica Amiga da Amamentação. Desde o servente até o médico, todos os profissionais passam pela mesma capacitação. Assim, ao chegar na unidade, todos os profissionais saberão orientar a gestante ou a mãe sobre a amamentação. Pelo trabalho que realiza, o município de Barra Mansa coordena o pólo de Aleitamento Materno do Médio Paraíba, que reúne nove municípios, desde sua criação. São 22 multiplicadores, profissionais de diversas áreas que orientam os setores de saúde dessas cidades para atender as exigências do Ministério da Saúde e aumentar o número de unidades a receber o prêmio de Amiga da Amamentação
            Além desse projeto, o município tem investido em novos equipamentos e parcerias para garantir o melhor atendimento à gestante. Um exemplo foi a implantação do gabinete odontológico do Hospital da Mulher, doado pela Fundação CSN, em agosto do ano passado. De acordo com o diretor do Hospital, Bernardo Calvano, há estudos que comprovam que doenças periodontais, ou seja, na gengiva, e a ocorrência de cárie podem ser responsáveis por distúrbios durante a gravidez. “Às vezes, as pessoas não têm noção de que uma cárie pode ser responsável pelo nascimento prematuro do bebê e pelo baixo peso da criança. São medidas simples que salvam vidas”, concluiu, lembrando que o atendimento odontológico é oferecido todas as manhãs, de segunda a sexta-feira, e pode ser agendado pela própria gestante no Hospital da Mulher.   

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