Doença de Alzheimer ganha cartilha em Volta Redonda
A primeira edição da cartilha foi de 5 mil exemplares, feita
pela Associação com recursos próprio e patrocínios.
Volta Redonda tem atualmente cerca de 30 mil idosos, e
estimativas apontam que cerca de 5% - 1,5 mil pessoas - sofrem da Doença de
Alzheimer, uma doença neurológica degenerativa, descoberta pelo médico alemão
Alois Alzheimer há 100 anos. A doença ataca principalmente a memória e o
comportamento do doente, que geralmente tem mais de 60 anos de idade. O
distrito LC1 Lions Clube Volta Redonda vai lançar uma cartilha sobre a Doença
de Alzheimer, com informações básicas sobre a doença. O evento de lançamento
será no dia 10 de fevereiro, às 20 horas, na sede da Aciap-VR (Associação
Comercial, Industrial e Agropastoril de Volta Redonda), no Aterrado.
A cartilha
foi idealizada pelo dentista Jorge Pantaleão, um dos fundadores da Apaz-VR
(Associação de Parentes e Amigos de Pessoas com Alzheimer de Volta Redonda),
que convive diariamente com a doença. Segundo ele conta, a esposa, Maria
Pantaleão, de 81 anos, sofre de Alzheimer. Segundo Pantaleão, que faz um
depoimento da sua experiência pessoal na cartilha, o doente tem que ser tratado
como “majestade e criança”, já que não deve ser contrariado, ouvindo a palavra
“não”, que deve ser substituída por outro termo. “Acho esta uma doença mais
social do que médica, que envolve os amigos, parentes e a sociedade em geral”,
afirma o idealizador da cartilha. O presidente da Apaz-VR é assessor do
Lions Clube da Vila Mury em relação à conscientização sobre o Alzheimer.
“A minha
intenção é promover a melhoria na qualidade de vida das pessoas com Alzheimer e
seus familiares, possibilitando a troca de informações por núcleos de apoio e
palestras sobre a doença”, frisou Jorge Pantaleão.
O prefeito
Antônio Francisco Neto recebeu o autor da cartilha, e assegurou o apoio do
Poder Público para que o trabalho de conscientização seja o mais amplo
possível. A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) vai disponibilizar um cadastro
para que a cartilha chegue a todas as famílias que tem portadores da doença. O
município pretende aumentar a tiragem para a distribuição gratuita junto à rede
pública de saúde.
De acordo com a cartilha, a
doença, de origem desconhecida, faz o paciente perder a memória, muda o
comportamento e o humor. O paciente afetado também perde a noção de espaço, de
tempo, de higiene, tem dificuldades para lidar com dinheiro, apresenta
ansiedade, desconfiança, irritabilidade e agressividade. Não existe prevenção
ou cura, mas os médicos indicam uma alimentação saudável, caminhadas,
exercícios cerebrais - como jogos, palavras cruzadas, prática de xadrez e dama
- e leitura, para de alguma forma se proteger da doença ou tentar amenizar seus
efeitos.
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