quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011


Polícia Civil monta base operacional no Mercado Popular da Uruguaiana

Agentes monitoram e orientam comerciantes das 8h às 20h


A Delegacia de Repressão a Crimes Contra Propriedade Imaterial (DRCPIM) montou ontem (1/2) uma base operacional fixa, com oito policiais civis e quatro viaturas, incluindo um furgão, para fazer o registro de flagrantes e procedimentos policiais no Mercado Popular da Uruguaiana, no Centro do Rio. A base também presta esclarecimentos e orientações aos comerciantes do Camelódromo, que voltou a funcionar normalmente ontem, após operação realizada na semana passada para combater a venda de produtos falsificados e contrabandeados no local.
O Mercado Popular está sendo monitorado das 8h às 20h por agentes da Polícia Civil. Os produtos eletrônicos sem nota fiscal apreendidos pela fiscalização são levados para um depósito da Receita Federal. Os produtos pirateados são encaminhados para o depósito da Polícia Civil. Já o destino de roupas e tênis de marcas é o depósito das empresas.
A Polícia Civil estuda a melhor alternativa para montar uma base fixa no Mercado Popular da Uruguaiana, mas a delegada titular da DRCPIM, Valéria de Aragão Sádio, adianta que o furgão da Polícia Civil já é uma referência tanto para comerciantes quanto para populares que frequentam o espaço.
- O Poder Público já se faz presente no Mercado Popular. Muitos comerciantes já estão tirando dúvidas e recebendo orientação em nossa base operacional – afirmou Valéria de Aragão.
Para o chefe da Polícia Civil, Alan Turnowsky, a base operacional ajudará a polícia a fiscalizar, diariamente, a chegada e a venda de mercadorias piratas.
- Com isso, a gente espera zerar a venda de produtos piratas na Uruguaiana - disse o chefe da Polícia Civil.
A operação desencadeada pela Polícia Civil na quarta-feira da semana passada (26/1) carregou 14 caminhões com produtos falsificados. Na última terça-feira, na reabertura do Mercado Popular, policiais da delegacia especializada lacraram dois boxes que comercializavam brinquedos e relógios falsificados. A delegada titular da DRCPIM afirmou que o próximo passo será fazer palestras com representantes de empresas e comerciantes para orientar e esclarecer dúvidas.
- Muitos comerciantes estão inseguros e sem saber se o que vendem é legal já que as empresas onde compram as mercadorias emitem notas fiscais falsas. A ideia é organizarmos palestras para esclarecer qualquer dúvida – disse a delegada Valéria de Aragão.
Comerciantes a favor da legalização
Comerciantes estabelecidos no Mercado Popular da Uruguaiana estão confiantes nesta nova fase que começa a se delinear. Eunice de Lima, há mais de 17 anos no Camelódromo, acredita que a ação permanente da Polícia Civil no local vai beneficiar principalmente os comerciantes que trabalham com mercadorias legalizadas.
- A pirataria se desenvolveu muito por aqui e o Poder Público precisava dar uma “dura”. Quem trabalha com pirataria pesada tem dinheiro, e nós, pequenos comerciantes que trabalhamos de forma legal, não temos a pretensão de ganhar milhões, mas apenas de sobreviver - disse Eunice.
Para Marcelo Azevedo, que trabalha com produtos eletroeletrônicos no Mercado Popular, a ação da Polícia Civil na semana passada vai favorecer o comércio legal como um todo.
- O movimento caiu bastante desde a semana passada. Como ainda existem outros lugares que vendem produtos piratas, os clientes foram para lá. Mas não tenho dúvida de que a legalização é o melhor negócio para todos – assinalou Azevedo.

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