Senado instala comissão para reforma política
O Senado instalou hoje a comissão criada para definir uma
proposta de reforma política.
O colegiado, que será presidido pelo senador Francisco
Dornelles (PP-RJ), terá 45 dias para elaborar um anteprojeto. Para o presidente
da Casa, José Sarney (PMDB-AP), o principal desafio do grupo de 15 senadores
será encontrar um modelo alternativo à atual forma de eleição de deputados e
vereadores.
Sem entrar em detalhes, Sarney sugere que o país adote uma
fórmula mista, que combine a votação majoritária (em que o mais votado é
eleito) com a proporcional (os votos obtidos pelo partido ou coligação
determinam o resultado, a exemplo do que ocorre hoje na Câmara). Segundo ele, a
mudança no sistema proporcional resolve “cerca de 60% do problema da reforma
política”.
Além de analisar as matérias em tramitação no Congresso que
tratam do assunto, a comissão realizará audiências públicas com especialistas
para apresentar um texto a ser submetido, em seguida, aos demais parlamentares.
Francisco Dornelles convocou para amanhã (23), às 14h, a
primeira reunião do colegiado, que discutirá, entre outros, temas como
financiamento público de campanha, regras para a suplência dos parlamentares e
voto facultativo. De acordo com o senador, a comissão deve concluir seus
trabalhos até 8 de abril.
"Reforma enxuta"
A sessão de instalação do colegiado reuniu no plenário
representantes do Executivo – o vice-presidente Michel Temer e o ministro da
Justiça, José Eduardo Cardozo - e do Judiciário - o ministro do Supremo
Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli.
Ex-presidente da Câmara, Temer fez um apelo ao Congresso:
que faça uma reforma política “enxuta” e deixe as demais discussões para a
reforma eleitoral. “Não vamos pensar em reformas quilométricas. Ela deverá ter
três ou quatro dispositivos. Outras mudanças poderão vir pela reforma
eleitoral”, defendeu.
Além de Francisco Dornelles, fazem parte da comissão os
ex-presidentes Itamar Franco (PPS-MG) e Fernando Collor (PTB-AL), Aécio Neves
(PSDB-MG), Demóstenes Torres (DEM-GO), Roberto Requião (PMDB-PR), Luiz Henrique
(PMDB-SC), Wellington Dias (PT-PI), Jorge Viana (PT-AC), Pedro Taques (PDT-MT),
Antônio Carlos Valadares (PSB-SE), Eduardo Braga (PMDB-AM), Ana Rita Esgário
(PT-ES); Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) e Lúcia Vânia (PSDB-GO).
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